Se a vida puder se tornar como uma árvore, espalhando seus galhos bem abertos para que todos possam se abrigar à sua sombra, então entenderemos o que é o amor. Não há escrituras, mapas ou dicionários para o amor. Quando nenhuma escritura é uma escravidão para você e nenhuma filosofia é uma corrente em suas mãos e nenhuma teologia é uma prisão, quando você está fora de todas as escravidões. Aí, então, você pode compreender. A compreensão acontece apenas na liberdade. Osho
terça-feira, abril 18, 2006
A Árvore dos Desejos
No conceito indiano (védico), o Paraíso é composto por árvores-dos-desejos, as quais basta você sentar debaixo e desejar qualquer coisa para que imediatamente se realize, sem que haja intervalo entre o desejo e a realização. Uma vez, um homem estava viajando e, acidentalmente, sentou-se embaixo de uma dessas árvores-dos-desejos. Sem saber do conceito acima e domado pelo cansaço, ele pegou no sono. Quando despertou estava com muita fome, então disse:
- Estou com tanta fome que desejaria poder conseguir alguma comida em algum lugar.
E imediatamente apareceu comida, vinda do nada, simplesmente uma deliciosa comida, flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde viera a comida.Começou a comê-la assim que a viu. Somente depois que a fome desapareceu é que voltou a olhar ao redor, já satisfeito. Outro pensamento seguiu em sua mente:
- Se ao menos conseguisse algo para beber...
E, imediatamente apareceu à ele excelentes sucos e néctares. Bebendo e relaxando na brisa fresca, sob a sombra da árvore, começou a pensar:
- O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor que estão fazendo truques comigo? - E espíritos apareceram. E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento seguiu em sua mente:
- Agora vou ser assassinado, com certeza.
e BUM ! ! ! ... assim aconteceu ...
Esta parábola tem apenas um significado: sua mente é a árvore-dos-desejos, e o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, há de se realizar. Ás vezes o intervalo entre o pensamento e o acontecimento é tão grande que nos esquecemos completamente que, de alguma maneira, desejamos o ocorrido.
Mas, se olharmos profundamente, perceberemos que todos os nossos pensamentos, medos e receios é que estão criando nossas vidas. Eles criam nosso inferno ou nosso paraíso; criam nosso tormento ou nossa alegria; o negativo ou o positivo. Todos nós somos "mágicos". E todos estamos fiando e tecendo um mundo ao nosso redor, sem mesmo tomarmos conta disso.
Sua vida está em suas mãos. Você pode dar a volta por cima, pode transformar seu inferno em paraíso. A responsabilidade é toda sua. Seu paraíso depende somente de você!
Cuidado, pois você pode estar sentado neste momento, sob a sua árvore-dos-desejos.
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Inaugurando o mural de comentários!
ResponderExcluiryuhuuu
Pois... escrito é lindo... mas se no meio onde vivo parece-me que todos que me rodeiam não querem viver, não querem ser felizes, não querem lutar, não querem amar.
ResponderExcluirIsto reflete-se no meu comportamento, que por mais que ame, que lute, que acredite, nunca consigo nada, só infelicidade que chega através do mais estranho e bizarro e que nunca consigo perceber.
Sinto-me sózinho sem o "fio", e tenho medo de deixar de me retrair, já que sou de pouca paciência e muito certo nos movimentos.
Não quero ser violento, mas o meio que me envolve opõe-se pelo poder hipócrita que está enraizado à mais de 30 anos na minha sociedade, e quando sou confrontado uso argumentos fortes, mas quanto à falta deles pelos meus adversários sem hipótese de me vencer, usam meios violentos, sociais e morais, já que estão protegidos pela Lei Jurídica, a qual só protege que faz o crime moral e social.
Se lhes der umas pingas (não dá juizo mas conserva o que tem) sou eu o mau. Logo fuma-se o cachimbo da paz para atenuar o impacto senão já tinha acabado com muitas vidas.
Assim, são essas vidas que vão acabar com a minha, ou partimos para a guerra, à imagem do pior?